segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Pai (Tio Savio)

Tinha que ser justo no dia dos pais?
Aquele que chamava de Pai,
Conhecido por Pai,
Como Pai,
Para todos era, simplesmente, Pai.
Pai de duas vidas lindas,
Pai de uma família linda,
Pai todos os dias,
(Lindo) Pai pra toda vida. Uma vida...
Pai de uma trajetória linda!
Pai orgulhoso, pai,
De carinho, Pai!
Aquele Pai que eu também chamava de Pai
Apesar de não ser meu pai.
E mesmo com as poucas horas
Que passou comigo sendo esse Pai
A quem tanto quero bem
Até fui pai e poderia ter sido o pai que sou
Com mais dias ao lado do meu Pai amigo...
Pai, lindo, inesquecível
Está ali nas minhas melhores horas,
No melhor da minha vida, o melhor dos anos,
Dias, lembranças
Andanças perdidas que sua casa era caminho...
Pai sempre esteve alí
Naquela casa, naquela avenida, naquelas esquinas.
Nessa cena toda de cinema
Que é parte da minha história,
O meu filme preferido de ser visto
E você, Pai, está alí.
Porque você foi o melhor Pai
Na parte que mais gosto dos meus dias
Vividos até aqui.

Em 14 de agosto de 2023, às 00:59:46.

segunda-feira, 12 de junho de 2023

Suporte

Está bem difícil... Atordoa, dói, Como se forçasse a mente E a mente aguentasse mais um pouco Pra que ela, a mente, aguente mais um pouco O que o coração não aguenta Já não suporta Não foi feito, nem instruído Feito de suporte e que aguente. Ser, não ser, você próprio Insuporta (insuportável) É insuportável É delirante Em meio a muito delírio de gente delirante A vida tem se tornado uma guerra Um prisão Um encarcerado que necessita de cuidado. A vida parece destópica Como se a perda bastasse Fosse remédio Remediasse Aliviasse O delírio, o ódio A ferida que não sara, não cura A angustia que não passa Por alguma culpa, É minha, essa culpa. Eu aguento Até onde a vida, ou fora dela, Dê o suporte.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Década 2020

Estamos a menos de #24 horas do fim de uma década (e não só de mais um ano). Se #2020 fez-se palco a tantos fatos, avalie toda a década de #2010 (sim, uma década vai do ano #1 ao #10, pois não existe ano #0)!

Começou bem! Muito bem. Entranhou-se, estranhou-se... Seguiu, oscilou (piorou, melhorou)... E está terminando.

Com muito o que azedar, fermentar. E o importante fica. #Aprendizado. Aprenda. Ponha em prática. E que não se pratique o que julga ser p'ra esquecer.

Que se lembre, recorde. Que não se ponha #passado no #futuro. A vida tem que ter futuro. Que se faça ter. Por onde. Aonde. Onde. Por onde.

Que se faça por onde não só o ano que está por vir melhor. Que se faça por onde a #década a qual está por vir. Os anos que se seguirem. Seguirem. Os que farão se seguir. Seguirão. Os que nos segurarão por aqui.

E que os votos de #saúde, #riqueza, #prosperidade estejam para a #mente, #vida, #vitalidade. #Positividade. Em meio a tanta gente positiva. #Afeto. Que se positive o negativo!

E que não se viva para aquilo que (finge que) aprendeu. Não finja (que sabe). Ponha o que aprendeu para servir! E um basta na sabotagem contra si. #2021 #decada2020

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Felicidade(?)

Vontade de ser feliz não falta.
Eu tenho vontade,
Sinto que dá 
E pode 
Mas com esse sacode todo que se vive
E faz sentir falta 
O presente falta, passado insiste
- Não dá... 

Ainda que a sede de futuro lembre
Que não há vida sem futuro 
Não tem como não sentir saudade 
Desse futuro que se vive no presente 
Que se sonha
Que sonhara.

Farto, cheio de vida 
Presente 
Grana, alegria, sorrisos...
Gana.
Uma felicidade que se tinha
(E não sabia que seria essa luta infinita
De querer e ter vontade).

domingo, 30 de agosto de 2020

Vertigem

Tua pele, pelo loiro teu
Cheiro,
Esses olhos mel-negro que completam
Querer
Ver você, ter você,
Teu nariz,
Face tua pele, a ponta dos teus dedos, a forma
Àquela que respira
E que se faz e desliza face
À própria face, a tua

Querer, leva a ter
Você 
Ser, nascer 
Quisera ser quem era, o quê,
Mas, sem estar,
Faz parecer que a vista faltasse, vertigem
Que os olhos agonizassem,
Igual sumisse à face os mesmos olhos,
A capacidade de ver,
Pele, sentir
Dente, morder, dedo, deslizar...
Boca, saliva, como quisera sentir gosto
Com a ponta da língua na pele

É como se nunca tivesse sido
Tido

E jamais tivera sentido,
Aprendido.
Como fosse o que restasse ter 
Necessidade,
Viver, comer
Como energia fosse
Desejo fora
Matar a sede
Pegar, tato
Descer ao fundo d'água seduzido
E subir...

Flutuar sobre o óbvio que faz querer
Ser, crescer
Como se soubesse que era grande 
E estar tornasse imenso.
Como soubera para quê
Ser, haver
E conhecera o tamanho que tivera

E depois percebesse
Que gigante é o tamanho que se cabe
Coubera
Mesmo antes
E só depois de ter.

terça-feira, 14 de julho de 2020

Do pouco que se sabe

Esse misto de vontade e culpa,
Fuga, desejo,
Não cheira, dá sede, saliva,
Como se pele e pelo fossem aroma
Açúcar.
Por vezes, língua e nariz te pedem

Cada ponta, pedaço de pele
Cheiro, vício, queratina
Como o viciado, a cocaína, o obeso,
A comida
Por hora, o corpo age como se fosse
De ninguém 

Cada pedaço da face que é tua, teus glúteos,
Basta que te veja, essa cintura 
Esse desenho todo que custa aos olhos
Crer enquanto passeia sobre si
Com a própria retina
E aprecia...

Que seja teu o cheiro,
Pelos, hormônios,
Ou pelo menos do que sabe
Enquanto o agora, o que vir,
O que não se perca de vista,
Dure o tempo que for, que baste
E que se perca da minha vista.

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Bala de festim

Era felicidade, mas voltou a sucumbir 
Ilusão, aproximação,
A tua mão na minha, o perdão 
Pelo passado e você quase que sumia,
Eu desaparecia, a gente quase se perdia 
Mas, eu não sabia que essa felicidade 
Era como bala de festim,
Não mata, mas machuca 
E dói enquanto deixa vivo...

Um não que talvez queira dizer sim, 
Nada que afirme
Ou que liberte 
Ou desarme...
Só queira correr livre 
Enquanto aventura e fantasia se tocam,
Se encostam, se trocam,
Com o corpo que se toca e com a alma 
Que vaga e que não pode ser minha.