quinta-feira, 30 de abril de 2009

A Rosa Mais Bela

Não sei se te olho nos olhos ou te admiro os braços,
Se me entrego ao teu jogo de pernas
Ou se devo te acariciar os cabelos;
Se lembro dos teus beijos ou sinto teu cheiro
Nos cantos, nos vãos, nas esquinas...
Já não insisto em recordar do teu rosto belo
Ou em sonhar te ver falando algo... Qualquer coisa
Só p'ra que eu possa ter com a somestesia do teu hálito
E seu perfume
E com a fineza dos teus lábios fazendo casa
Com o brilho que vem dos teus dentes.
O teu sorriso, que sempre te deixa tão linda de qualquer jeito
Surge nas horas que, justamente, não penso
Que és a rosa mais esbelta do meu jardim.
Em momento algum consigo ter a idéia de desistir,
De fugir. Senão, te palpar todos os dias
E poder dizer que consegui.


Em: 17 de julho de 2007 - 19h20, Fortaleza / CE, durante o alojamento do 33. ENEAD - Encontro Nacional dos Estudantes de Administração

quarta-feira, 29 de abril de 2009

A Voz da Lua

Sua voz é única, inconfundível

Às vezes nem acredito...

Como pôde Deus reunir num só lugar,

Na garganta dela, tamanho capricho

E poder de seduzir as pessoas

A partir dos ouvidos!

 

Perco-me em sua voz

Me aqueço nos momentos de frio

E, ao mesmo tempo, ganho adrenalina

P’ra descer rios, montanhas frias,

De sonhar com o arco-íris dela

Cantando em minha foz de sonhos...

 

Desconhecia tal poder que ela tinha

Que tem e me dá arrepios em ouvi-la cantando

Até num microfone simples

Narrando a vida e os desejos dos outros,

Na calada da noite, com seu próprio gosto...

Me deixa inquieto, como se me tivera deslizado na carne a língua!

 

Ela me chama de louco

Mas não percebe que me chama (pra si)

Enquanto canta, quando diz que quer ganhar fama.

Na verdade, cheia de manha, colore os céus

Fazendo cair sobre si os olhos atentos, brilhosos,

De mais alguém que por sua voz ficara louco.



Em: 01 / 03 / 2009 - 00:35

terça-feira, 28 de abril de 2009

Vida em Jogo

O que sinto é a insistência do teu tempo,
Lembrar que tou provando a brisa de outros ventos...
Esse meu destino de cegar os olhos desatentos
Vai de encontro a todos, como se eu fosse
Um mero personagem de jogo.

Fingir provar o cinza discreto do céu
E dar um véu de presente
Minando o óbulo do sentimento
Me mostra o jogo da vida, os sentidos da razão,
Gostar mais de si, mesmo mostrando que não...

É ser traído por si mesmo,
Fugir dando satisfação,
Depois seguir o próprio caminho
O qual ainda existe chão.


Em: Algum momento de 2003...

segunda-feira, 27 de abril de 2009

E Quando Eu Morrer

[Parceria e poesia de S7, Shauara Davi]


(A7+   Am7/9 D7+     D7/9    Dº)

POESIA NÃO AUTORIZADA PARA DIVULGAÇÃO...



Em: 2006 – 24 / 05 / 2007

(Solicitação de Não-Divulgação: 30 / 05 / 2009)

domingo, 26 de abril de 2009

As Rosas Que São Flores

Te vi viajando pela via láctea

Enquanto teus olhos miravam

O céu e sua imensidão...

Dá pra ver a inveja, o desespero

E a decepção que sentes

Quando vês que si mesmo

Se deixou vencer pela incapacidade

Que temes

E gemes de dor com os espinhos

Das hastes das rosas

Mesmo elas sendo flores,

E mesmo as cores da farda

Que veste o teu corpo te incomoda,

Te traz horrores...

Eu não entendo essa tua beleza que te causa dores!

Não sabes da tua genialidade

De conquistar e fazer amores?



Em: 05 / 2007

sábado, 25 de abril de 2009

Cada Pôr de Sol

Algum dia já fui omisso?

Fui reprimido pelos braços da incerteza.

Algum dia já fui discreto?

Tive medo de tanta clareza.

Já não posso ao teu suor distante,

Isso me faz ser menos eu

E apelo a um romantismo exacerbado

Quando o espero mais num presente teu...

Já não me visto tão extravagante.

O sol me queima mais que antes

E as coisas simples são ainda as mais importantes;

Aos poucos tudo é menos derrapante

Mas há o que é incerto e distante,

E nem tudo é pescado com fio de anzol.

Coisas que você diz deixam-me conflitante,

Apenas faço valer cada pôr de sol.



Em: Primeiro semestre de 2005

sexta-feira, 24 de abril de 2009

A Sina do Medo de Quem Sonha

Uma voz de homem feito

Quando criança jurava

Para si que assim não o seria,

Que não se decepcionaria como ontem,

Quando descobrira que assim

Como hoje também o poderia.

Acordara zangado

E sonhara acordado...

Só não acreditara que o que

Tanto buscara e pela qual lutara

Ainda não acontecera...

Se é que lutara.

Quis pular de um precipício,

Desejou fogos de artifício, chorou por não tê-los

E se jogou de si mesmo,

Porém esquecera de ter o que quis:

De ser feliz por brigar pelo que sonha.



Em: 05 / 2007

quinta-feira, 23 de abril de 2009

A Lua Que se Escondia

Vamos brigar um pouco mais

Em forma de poesia!

Vamos fazer o que há tempos não se fazia!

Vamos tentar ser mais breves

E tomar banho de água fria!

Vamos dizer palavras leves

Que é pra quebrar a rotina.

 

Vamos pôr fogo no nosso limbo:

O que há tempos não se via...

Vamos ser sujos e exagerados

Que é pra quebrar a rotina!

Vamos abusar da grosseria,

Vamos descobrir nossas mentiras,

Vamos pagar pelo pecado

Da lua que se escondia.

 

Vamos ser podres e indignados,

E mais um dia que se esquecia...

Vamos nos jogar aos nossos pés

Até que o perdão nos esfrie.



Em: 23 / 04 / 2005

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Obrigado!

[...] rascunho original, ainda hoje
inacabado...
(D7+   D7)
Obrigado pelos dias difíceis!
Pelo prazer, a traição de outro corpo, a libido,
Pelos ouvidos de aço e de seda
E por sentir o aroma de um tempo à tristeza,
Obrigado! Obrigado!

(G        Gº ...)
Obrigado pelas tentativas, pelo amor que não sinto!
O meu corredor de chuvas de amores incompreendidos...
Ainda me lembro de quando tentava,
Cada vez mais te esquecia, te contestava.

[...] segundo rascunho!
(...) [EM FASE DE EDIÇÃO]
Obrigado pelos momentos de sono e enfado!
Outros de loucura inculpada, inocente!
Mas queria que houvesse chance, uma...
Por mim, não te daria somente um
Obrigado!


Em: 05 / 2007

terça-feira, 21 de abril de 2009

Somente Lembranças Minhas

E quem entende?..
Eu me despeço porque tudo acabou,
Mas ainda lembro das canções,
Das revistas, dos cheiros, do moqueiro
E dos receios em que tudo terminou.
Já sei das jóias, do estrago,
Do estilhaço do vaso em tua janela,
Mas ainda suspeito que te espero...
Isso, eu me nego.
Eu não te quero mais, não me venha.
Me deixa esquecer que tentei, que fiz...
Mas será que devo fugir?
Vou sorrir, não me negue!
Não te faço qualquer pedido;
Aceite se der, mas não esqueça
Que verei nas outras o que quis em ti.


Em: 05 / 2007

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Despedida

Você me vem e não me entra,

Eu te ensaio em despedida

E te despeço, me despedaço.

Eu me esqueço e te disfarço.

 

Te desapego e desintegro.

Desapareço em desabraço...

Eu te abraço e corto laços,

Já não me disfarço, me faço.

 

Entre disfarce eu me dispenso...

Seu desafeto, desembaraço.

Meu desempate, tua incerteza,

Minha partida, nosso deslaço;

 

Eu te esqueço, então, me esqueça.

Já desisti em despedida...

Se não me tem eu te disfarço

E me arrependo de cansaço.



Em: 05 / 2007

domingo, 19 de abril de 2009

Setembro

A isto, chamo
rascunho pronto!..
Eu acordei, você ainda tava dormindo.
Foi no mês de setembro, eu me lembro,
Ainda sem classe te neguei um sorriso.
Você lá fora quieta e eu comigo assistindo
O teu programa nos teus olhos a brilhos,
Me sustentava calado, nem sequer sabia
O que se passava comigo.
Atento aos teus braços enquanto os teus lábios moviam,
Eu me sentia só e sobre os pés,
Nem sabia o que se passava comigo.
Você sentada no canto e eu no faz de conta
Não sabia o que se passava comigo.


Em: 05 / 2007

sábado, 18 de abril de 2009

Não Venha Me Dizer

[Parceria com RODRIGO SENA]

(Dm7+ G – C Bºm Bb G#7 E7)
[...] rascunho da letra pronta
para ser musicada!
Vou bater a porta,
Mas não apareça quando eu chegar

Vou te mandar bilhetes, e não me responda se chorar.

Hoje fico sozinho,
Não quero ninguém,
Nem medo, receio ou apreço de passar
Por teus olhos.

Ou te jogo na cara o que espero,
Algumas meninas diante de mim,
Me vendo tocar as canções que fiz pra você...

Não me casei, por medo de tentar
Quando precisei você não estava lá
E agora não venha me dizer que não fui bom o suficiente
Pra você.

Eu não posso expressar as saudades,
Os momentos que sinto quando me lembro
Que a gente não tem jeito e que nunca mais vai voltar.


Em: 05 / 2007

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Quando Sentir o Cheiro do Teu Intimo Perfume

Vá! Já não te faço juras mortas,

Nem quero passar pelo mesmo vendaval.

Me deixa aqui com os meus discos e cadernos

Pra ouvir e escrever quando me lembrar.

E os meus amigos, eles não têm culpa,

Nem os insulte ao te cumprimentar,

Mas não te nego: vou me lembrar de cheio

Quando sentir o cheiro do teu íntimo perfume.

O meu cume será a paz do teu silêncio.

Não me procure quando te sentires morta

Porque mesmo que ainda sinta um nó no peito

Vou seguir o meu caminho do meu jeito.

Mesmo que aceites o meu íntimo perfeito

Terei receio do teu humilde carnaval...

Se me vieres, que me escondas das tuas culpas,

Que eu já não quero teus recados em minha porta.



Em: 28 / 06 / 2007 – 11:45

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Aos Meus Pés

Mandei te deixar lá na central

Pra ver se você pára com esse vai e volta.

A tua felicidade é minha angústia

Mas você não se toca...

Você mente, fede... Você é feia

E me abandona...

Como se me fizesse diferença, alguma,

Logo depois você volta e bate a porta

Pra depois ir embora.

Você se veste de nua pra mim

Apesar de que as tuas curvas me incomodam...

Se elas pelo menos não fossem fingidas...

Em seguida, você se esconde,

Me joga no poço com teu cheiro sujo.

Sem mais, percebo que é imunda

Igual às outras, com o mesmo pecado

E a imundice do mundo,

De juras e promessas falsas.

Você é mulher, indiferente

Com os mesmos tropeços, atropelos

E trapaças...

Você é falsa, de corte à navalha,

Esnoba, rejeita, nega e chora,

Depois se joga como uma cretina

Aos meus pés. E, de novo, bate minha porta.



Em: 26 / 06 / 2007 – 14:45

quarta-feira, 15 de abril de 2009

O Que Levo Comigo

Como te quero por aqui

Pra ver como é te sentir de perto,

Talvez ainda duvide, apesar de já saber que te quero.

Quero saber a forma que tem

Aquilo que me deixa de bem...

Como te desejo por aqui!

É sempre assim, ao certo, o que levo comigo,

Mas o céu ficou cinza, desde que a gente se fez distante.

Mesmo estando longe eu senti algo diferente por aqui

No tardar da ultima noite.

Às vezes me sinto tão esperto... E tão sincero.

É difícil te deixar por aí

Não sei se ainda fico por aqui

Não vou desistir assim

Apesar de tudo ter que ainda ficar como está.



Em: 03 / 2005