Esse olhar quebrado,
Infantil e selvagem;
Um jeito levante
Que me rompe com o sério,
O adultério do ser humano, corrompido
Pela tua pele fina, uma seda;
Esse instinto carnal, animal,
Tal desejo valente,
Primitivo e intelectual,
Um tocar que parece o Mundo
Girando no cenário de fundo
E ao meu redor.
Essa imagem tua
Alucina, dá aquela sensação fria,
Os impulsos cardíacos vazam,
Parecem jorrar litros de algo
Que vicia, deixa dependente
Dessa tua safadeza...
Esse vestido que usas
Cheio de abusos, de propósito, justo sobre tuas curvas
Assusta e faz esquecer o humano que sou,
Joga meu juízo no chão.
Bem que ensina a agir
Como um bicho, escroto de rua
Esquecendo do nojo de qualquer coisa,
Pois tua boca diz, sem palavras
O caminho, o pedido,
O sentido, o juízo perdido...
Em poucos minutos
Teus lábios formam um conjunto
De ações que me aquecem
As artérias,
Me deixam esquecer do perigo,
O medo qualquer de segredos;
Sou o que for, um bicho
Que sente e esquece que pensa,
Engolido por sensações
Latentes, bem na minha frente.
Esse teu busto,
Ver-te por trás,
Tua cintura que toca
Nos teus cabelos longos
De propósito, a propósito do desejo
A todo instante,
Instigam-me à vontade
De pegar-te as coxas
Fartas, cheias de histórias
De contos medidos a sangue
Impulsivo, que me manipula...
Como tua forma de olhar
Farta de tanta vontade
Inexplicavelmente adulta,
Infantil e manhosa
Em segredo, que diz
Querer uma rosa
E, no mesmo instante,
Prefere a vaidade masculina.
Em: Iniciado em 11 / 05 / 2009; finalizado em 14 / 05 / 2009 – 19h11