terça-feira, 26 de maio de 2009

A Mulher de Seda

Esse olhar quebrado,

Infantil e selvagem;

Um jeito levante

Que me rompe com o sério,

O adultério do ser humano, corrompido

Pela tua pele fina, uma seda;

 

Esse instinto carnal, animal,

Tal desejo valente,

Primitivo e intelectual,

Um tocar que parece o Mundo

Girando no cenário de fundo

E ao meu redor.

 

Essa imagem tua

Alucina, dá aquela sensação fria,

Os impulsos cardíacos vazam,

Parecem jorrar litros de algo

Que vicia, deixa dependente

Dessa tua safadeza...

 

Esse vestido que usas

Cheio de abusos, de propósito, justo sobre tuas curvas

Assusta e faz esquecer o humano que sou,

Joga meu juízo no chão.

Bem que ensina a agir

Como um bicho, escroto de rua

Esquecendo do nojo de qualquer coisa,

Pois tua boca diz, sem palavras

O caminho, o pedido,

O sentido, o juízo perdido...

 

Em poucos minutos

Teus lábios formam um conjunto

De ações que me aquecem

As artérias,

Me deixam esquecer do perigo,

O medo qualquer de segredos;

Sou o que for, um bicho

Que sente e esquece que pensa,

Engolido por sensações

Latentes, bem na minha frente.

 

Esse teu busto,

Ver-te por trás,

Tua cintura que toca

Nos teus cabelos longos

De propósito, a propósito do desejo

A todo instante,

Instigam-me à vontade

De pegar-te as coxas

Fartas, cheias de histórias

De contos medidos a sangue

Impulsivo, que me manipula...

 

Como tua forma de olhar

Farta de tanta vontade

Inexplicavelmente adulta,

Infantil e manhosa

Em segredo, que diz

Querer uma rosa

E, no mesmo instante,

Prefere a vaidade masculina.

 


Em: Iniciado em 11 / 05 / 2009; finalizado em 14 / 05 / 2009 – 19h11

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Os Erros que não Cometi

[Parceria com Rodrigo Sena]


Deixa-me contornar-te as curvas,

Desenhá-las sobre as minhas...

Conheça meu mundo

E te mostro o meu!

Faça que eu mudo contigo

E vivo no teu mundo novo.

 

Saiba como é boa essa coisa

De realizar os sonhos dos outros,

Deixa que eu também sei como é bom

Um beijo roubado, de alguém machucado

E se ver na infância te paquerando de longe...

 

Gosto de te fazer gostar outra vez

Sem querer, acabo gostando de ti

E gosto...

Esse frio na barriga, o medo do vacilo,

Ainda insisto assistindo os erros

Que não cometi

 

E desperto de um sonho que tive

E que tenho todos os dias,

Que me deixam mais forte, cheio de tramas

E astúcias p’ra te fazer feliz.

 

 

Em: 17 / 01 / 2008

domingo, 24 de maio de 2009

Talvez

Isso é mentira

E não me seja ousada outra vez.

Matemática falida, roubada,

Chinfrim, que me tira a paciência

Sempre me subtrai.

 

Não te vejo mais calma, exata,

Não te sinto segura, se poucas vezes sinto...

É certo que eu não aceite isso,

Talvez nem durma mais, talvez

Não me faça falta...

 

Incompreensiva, talvez não me faça falta.

É provável que eu diga algo,

E depois te esqueça

Mais cedo ou mais tarde.

 

Enxergo-te solta, independente,

Mas isso é breve... Egoísta!

Aí, eu é que não vou aceitar isso...

 

 

Em: 13 / 10 / 2008 – 00h30

sábado, 23 de maio de 2009

A Graça que se Faz no Caminho para Casa

[Parceria com Rodrigo Sena]


Não quero ser amigo dela,

Dói-me no peito

Vê-la com essa felicidade

Roubada de mim!

 

Não sou tão forte assim,

Deus do céu tem pena do que sou

E me venda um revolver

Para de novo enfrentar essa dor

Vaidosa que nem sequer tem piedade...

 

Apenas entenda esse crime

E aceite, mais uma vez

Esse filho sem graça.



Em: Iniciado em 17 / 01 / 2008; finalizado em 14 / 05 / 2009 – 00h43

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Desconstrução

[Parceria com Rodrigo Sena]


Perdi o desejo de te fazer objeto

O rumo das coisas mudou

Meu cigarro aceso nada mais é que um convite

Para sentar ao meu lado.

 

Estou só, até meus amigos

Desviaram o carinho e respeito

Que sentiam por mim

Sou apenas um irmão bastardo

Sem nenhum segredo

 

Sua presença não me deixa prosseguir

Tenho você por perto, mas não comigo

Venho te pedindo abrigo, desde quando

Perdi o desejo de te fazer objeto.



Em: 14 / 05 / 2009 – 01h18

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O Pecado da Solidão

[Parceria com Rodrigo Sena]

Quando leio as coisas que sem razão
Escrevi, choro. À luz de vela faço
Uma novena em forma de prece
Para que volte.

Pus os pés naquele mar sujo
E vi o Mundo desabar sobre minha
Cabeça, como uma forma de castigo
Por ter deixado você me deixar.


Em: 14 / 05 / 2009 – 01h24

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Por um Instante

Bem naquele instante

Você me tirou de um mar sem fim, profundo,

Sem saber quem eu era e o que tinha,

Cheio de vontades...

Eu já me sentia seguro contigo.

Enxerguei a chance que me dava com os olhos

Você tinha medo de saber o que havia,

Me ouvia com tudo o que tinha no corpo

Teus olhos trêmulos e teu cabelo

Solto já me diziam

Que você ‘tava aprendendo a gostar

E que tava gostando de mim.



Em: Iniciado em 17 / 01 / 2008; finalizado em 14 / 05 / 2009 – 10h57

terça-feira, 19 de maio de 2009

Enquanto Fingia que Aprendia

Nós, brincando de fazer arte,

Não me disseram em que parte acertamos

Ou erramos.

Éramos adolescentes, tímidos

E cúmplices de nós mesmos...

Um dia qualquer,

Na minha, fingia que aprendia

Ouvi que era o único!

Você não me disse,

Mas fez de conta... E se abriu

Para os meus ouvidos.

 


Em: Segundo semestre de 2008.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Dessa Vez, Não!

Tentaram me deixar na merda...

Tentaram. Mas o que há de errado se não conseguiram?

Me transvestiram de ácido, fizeram caso

E me afastaram o medo do novo.

 

Queriam que eu queimasse seu rosto,

Pediam que o fosse numa sacristia...

Mas que pederastia!

 

Ajoelhavam-me ao ódio e ao descaso

Só que o que me restara foi o cansaço.

Mas que pecado, não? Eu sair são!

 

Eu, ajoelhado em grãos, até dormi no chão

E ainda queriam que eu pedisse perdão

Dessa vez, não!

 

 

Em: 06 / 04 / 2009 – finalizado por volta das 00hs

domingo, 17 de maio de 2009

Até Quando Tudo Vale

Deixa errar, mudar,

Acontecer,

Deixa ser, mesmo que assim seja

Com tanta certeza...

 

Deixa esquecer, até um dia voltar a ser

E querer ancorar ali no mesmo lugar.

Mas não sei se estarei lá

Quando esse dia chegar.

 

Deixa cantar, desabafar...

Deixa jogar fora o bem pouco que valia,

Dizer, mostrar o porquê.

Até onde se sabe fazer valer o que vale

O valor que tudo tinha.

E se vai...

 

(Mas não sei se estarei lá

Quando esse dia chegar.)



Em: 06 / 04 / 2009 – 00hs

sábado, 16 de maio de 2009

Uma Graça

Só uma vez, uma!

Daquelas que se disfarçam

Na frente de todo mundo

Chegar em casa, achar graça...

 

Eu não presto, sem futuro!

P’ra mim, você diz p’ra todo mundo,

Bate na minha cara e alisa

E depois diz que ‘tá cansada.

 

Brincadeira de exausta?

É melhor tirar a barba,

Sair de casa.

Talvez eu passe na tua

 

P’ra te pegar pelos braços,

Te levar ao meu carro,

Sair por aí, dar risadas

E te deixar sem graça.

 

 

Em: 01 / 04 / 2009

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Uma História que se Repete

(...) E se começa uma fase

Mais uma velha nova, daquelas que casa,

Engana, mata e depois castra

E joga fora p’ra não deixar rastro.

Essas pegadas na areia... São histórias!

Pisadas, tapas, trapaças,

Imagem de dois rolando nus

Uma princesa e um babaca

Enganada, deu a virada

Sem mentiras nefastas, se foi

Viu que o céu mudou de cor

E voltou...



Em: 06 / 04 / 2009 – 00hs

quinta-feira, 14 de maio de 2009

A Distância

E essas cobranças, que mal fazem?
Que sufoco é esse que me reparte(?), que horror(!)
Brincar de jogar fora, antes pensar ser expulsa,
Antes mesmo suja de lama, deitada na grama! (...)

P'ra mim, você fica nua,
E se finge abismada depois de ter dado a mão,
Ter cometido um pecado e levado um não.
Se faz de pura por ser esse pedaço de carne crua...

Você é a sobra de um molho,
Tua carne, o resto servido àlguém, só.
Não finja, não fuja, não machuque,
Não pule da ponte de água e gelo no fundo.

Não sou porto seguro de aventura
Nem ventura da altura que pensa medir
A distância
Entre teu pé e minha nuca.


Em: 05 / 01 / 2008

quarta-feira, 13 de maio de 2009

A Paz Muda

Tua blusa suja e o teu café sem açúcar
Tua pele nua coberta de loções caras
Tua paz muda, tua formosura (sexy), crua
Tua chuva de prata, de pregos,
De cristal, azul, sem gelo,
Essa mesma chuva negra de vontade...

Tua fantasia de desejos e cores
Televisionadas
Nos beijos regados de novela,
Tua alma lavada a barro
Run profundo
Esse teu mar escuro e confuso

Imenso, tento ser ganancioso,
E me perco no teu medo de chuva.
Esqueces que estás com a blusa suja...
É normal que chegues sujas
Um dia imunda.
Nessas horas é que é comum que te provem a carne crua...

Não te confundas ensoça
Também não peças pra que te ponham açúcar no corpo.


Em: 03 / 01 / 2008

terça-feira, 12 de maio de 2009

O Que é M'Eu

Há pouco você bem me matou
Depois chorou.
E infelizmente tenho que te proibir de atrapalhar minha vida.
A minha ida, minha carta de despedida, não te diz
O que por ora se passou esses dias...

Essa coisa de família servida feito sobremesa
Já não pode te salvar de qualquer solidão
E mesmo que a separação nos console
Há de se afirmar que chegou a hora d'eu sair,
De ir embora.

Meus planos, meu rancho, meu gancho p'ra pendurar chapéu,
Minha sala e minha televisão,
Minha programação assistida até tarde da noite,
Minha liberdade,
Não permitirei que vire arte, peça de museu

Ou que fique plantada no chão
Deixando cair a minha personalidade,
Feito as folhas das árvores.
Sabe daquela minha vontade de querer ser
Sempre eu?


Em: 01 / 01 / 2008

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Mormaço do Dia Seguinte

Não saia por aí vagando à noite
Nem se jogue fora.
Também não se jogue ou se deixe cair
Ao chão,

Apenas peça para abrir o portão.
Algumas palmas se fazem o bastante...
Tem um pouco d'água servida no copo,
Acho que um resto de comida,
Algum prato sobre a mesa...

E olhe para a esquina.
Lembre-se que no fim do dia o sol esfria!
Use o chuveiro na água fria,
Isso economizará energia.

É comum pensar n'uma batida depois do banho...
Estender a toalha úmida na cadeira,
Escrever na porta da geladeira

A programação da louça da cozinha,
Quem vai na padaria
Comprar o café e o jantar de todo dia...


Em: 18 / 12 / 2007

domingo, 10 de maio de 2009

Como uma Gaivota

Dá-me uma segunda, uma quarta de paz!
Você ainda insiste com essa estória
De me tratar dessa forma?
Respeite-me antes que eu te desrespeite
Com uma outra tão qualquer o quanto você me faz

Pra si mesma.
Já não devias ter medo da minha antiga amante
Ou das antigas que você tanto insiste em flertar,
Mas dessas novas que me aparecem,
Que as desejo e me despeço...

Elas mais merecem à medida que você não se traz.
Enquanto procuro a ideal
Essa sua ideia continua cada vez mais batida,
Ideia que vai e que volta,
Que voa como uma gaivota
E pousa no mesmo lugar.


Em: 18 / 12 / 2007

sábado, 9 de maio de 2009

Deixa

Deixa-me aqui no infinito
No meu mundo de ideias
Mesmo que elas sejam fracas, sem nexo... Esse lar aberto.
Deixa, que eu fico aqui no meu chão. No meu quintal de papelão

Cheiro minhas próprias flores
Que plantei e te dei algum dia
E no dia que as quiseres
Deixa, que não as dar-te-ei.

Deixa, que tem nada de mais
Cobranças demais, joguinhos de paz
Dessa infância que te habita e te faz.
Deixa, que essa fase passa...

Bem logo quando eu me for.
Deixa, que ainda te dou motivo
Pra entender o porquê d'eu não te querer
Batendo em minha porta.
Assim que voltares, já terei ido embora.


Em: 17 / 12 / 2007

sexta-feira, 8 de maio de 2009

O Fim

Ainda que estúpido te escreva uma carta
Já não te espero, nem te venero,
Nem te aconchego nos meus braços
Ou te empresto os meus abraços.

Por causa disso, ontem tive um pesadelo...
Eu me perdia ao acariciar teus cabelos
Sem destino, agoniado
E alguém insistia em dizer-me
Que a minha sede se matava com meu sangue
E a fome com meu próprio braço.

O espelho do quarto todo estilhaçado
Tinha rasgado as nossas fotos com seus cacos...
Eu vi tudo isso sobre um vestido amarrotado
De uma mulher que chorava pelo fim.


Em: 16 / 12 / 2007

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Esperto de Sangue

Onde é que te cego, por onde me coloco, seu esperto de sangue?
Por onde anda o teu mal, transparente,
Que corre pela serpentina e sai pela bandeirola?
Em que lugar guardas o dinheiro de tua aposta?
Bem pouco, em logradouro, que cheira aos outros?
Você fareja esses outros, que singelos batem sua porta
Com a mesma razão cumprida
De doer e te descontar com uma surra de arame,
Que te rasga o busto e te liqüida,
Nesse faturamento bruto que te põe o que não te falta
À mesa.
Escorrega livre na tua grosseria de cuspir nos outros
O pão dormido que mastigas, como a paciência da gente,
Comprado a custo do teu faturamento bruto,
De custo unitário igual à tua pessoa,
Solitário, longe dos teus escravos vulgos,
Que se satisfazem com tua onipresença
Longuínqua e cheirosa, ao contrario do teu perfume caro.
Teus olhos embutidos nessas câmeras
Aumentam a quantidade de puxa-sacos
Que vão te chupar o ovo até te passar o pé na bunda
E te deixar no poço do teu dinheiro sujo.
Eu te abro o olho: onde é que te cego,
Por onde me coloco?
Seu esperto de sangue e ignorante de alma...


Em: 04 / 12 / 2007

quarta-feira, 6 de maio de 2009

E Se Fossem Minhas Amantes(?)

Não quero saber. Que você siga com tua arrogância ingênua
E eu sigo em paz, na minha, bem adiante
Sem precisar dos banhos que você me dá com água fria.
Volte-me na época de respeitar minhas amigas,
Aquelas feitas de parafina,
Dessas velas que acendem e se apagam depois de algumas horas;
As minhas amantes, que por fina força queres expulsá-las
Do meu passado,
Respeite-as, como te respeito com os teus.
Esse teu Matheus que não pare nem balança
Volte pra querer, antes dos teus, os meus.


Em: 04 / 12 / 2007

terça-feira, 5 de maio de 2009

O Mundo

Lugar de gente idiota, pequena,
Tem gente que se olha e se esconde,
As vezes se prova
E se cospe como num derrame ardente.

Tem gente la fora que corre,
Que fecha os olhos
E chora o sangue que sente
Escorrer num abrir de porta.

Tem gente que não se enxerga,
Que exagera, finge esquecer os limites
Mínimos, eles, desde que pareçam pouco
Pra ficar sentado o dia inteiro...
Assistindo a vida dos outros.


Em: 25 / 03 / 2009 - 00:05

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Carnívora

Que mistério envolve a tua face nua
Judia de uma voz intrigante?
Misturada à tua fineza com palavras
E teu comportamente sutil,
Esse teu costume de pôr
Um maiô por debaixo da blusa,
Me instiga o pecado e o temôr
Em sonhar contigo...
Me tornar teu servo.

O que é que tens que me salva da vida?
Me traz coragem pra enfrentar o velho
E me desorienta do paralelo
Da vida sem fim, de uma mandinga,
Que me prende a alma
À um pedaço de carne, a que me tronara cego.

Eu te provo ao molho pardo
E, te assistindo nas besteiras que te deixam muda,
Vejo que teu olhar nasce a cada vez que te olho
Vindo em minha direção,
Logo, o preço que pagarias muda por minha atenção.

Curioso ainda te compro e te ligo
E te persigo e te digo o que de fato
Te quero (muda, nua, crua e minha...).


Em: 03 / 12 / 2007

domingo, 3 de maio de 2009

O Monólogo das Pernas

Respeite minhas pernas. Essas que me levam ao banheiro, ao quarto, que me trouxeram trabalho. Essas analfabetas de alma, pálidas e cabeludas... Por causa delas, os meus braços são roxos de queimados e minha face, branca, bronzeada, parda, como me confundem lá fora. As minhas pernas também trabalham, são escravas das minhas necessidades, da minha pobreza, da minha pacimônia...

Elas me quebram o galho, são meu transporte... Meu principal meio de transporte. Por elas, prefiro não passar vexame nos ônibus públicos e entender como tantos aleijados sonham (e como sonha!) com pelo menos uma. Às vezes reclamo até das dores que elas me causam, devido uma longa caminhada que faço, pode ser numa tarde, e que me economiza o dinheiro da passagem. Com minhas pernas, já troquei idéias, conheci cidades, apreciei as paisagens, fui narcizista, fiz sexo, conheci mulheres. E até desabafei a raiva nos objetos jogados no chão, na terra...

Às minhas pernas eu também me entrego, não por serem minhas servas ou eu por elas. Mas por serem minhas e eu delas.

sábado, 2 de maio de 2009

Apenas um depoimento...

[Depoimento escrito em um site de relacionamentos que, no momento em questão, era febre entre jovens do Brasil e do Mundo inteiro. Até então, no espaço de convivência virtual mais popular do mundo, eram realizadas as principais trocas de afetos, carinho ou quaisquer necessidades comunicativas.
Foi um momento bem bacana, que vale lembrar a todo instante do que se passou durante suas horas e dias, dos desabafos com os amigos, das brincadeiras e até dos detalhes mais insanos de raiva, estresse e desentendimentos. Complementando, é para isso que existem fatos, marcas e lembranças: para serem recordados, desbravados e revividos.]


Vive-se de alguma coisa! Dinheiro, miséria, carros, casa, renda, roubos... Mas o negócio é ter alguém 'pra dividir isso tudo! Já tentei de tudo, misérias, miseráveis ou acreditar que a felicidade 'tá na origem das alegrias alheias... Equívoco. O certo é 'tar do lado de quem realmente se sente alguma coisa. Algo forte, inexplicável. O que vem do nada e fixa-se como se existisse há dez anos. O que empalidece, mas não mata. Engrandece. O que o mundo assim define como amor... Ou coisa do tipo.

Te levanta em voo, só que diferente dos pássaros, dos pombos. Uma série de coisas vindas do além e de dentro de nós mesmos! A gente faz de tudo 'pra escapar dessas garras, só que acaba se prendendo mais ainda a elas. E aquelas noites mal dormidas, trabalhos que ficaram pela metade, almoços "mal curtidos", entre outros que deveriam dar um dia de baixas dão cada vez mais intensidade... E a gente acaba fazendo tudo certinho, vê que os limites realmente existem para serem quebrados. Serão quebrados. Até que tudo finda dando certo! (...)

É impressionante gostar de alguém. De uma pessoa em especial. Simplesmente ter (um) alguém...


Em: Primeiro semestre de 2005

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Vamos Contar com a Sorte

[Poesia original da música, recém elaborada, "Não Venha Me Dizer", em parceria com Rodrigo Sena]

Vou bater a porta, mas, por favor, não a abra
Quando lembrares de mim.
Vou te mandar bilhetes, cartas, porém
Não me responda em respeito às tuas lágrimas.
Hoje, fico sozinho, não quero ninguém...
Não quero o medo, o receio ou o apreço de passar por tua vista,
Ou te jogo na cara o que de fato espero, calado e quieto...
Algumas meninas diante de mim
Me assistindo tocar as nossas canções,
Para elas, não posso expressar as saudades,
Os momentos que sinto quando lembro
Que a nós dois não existe jeito, não há volta.
(Nunca mais volta...)


Em: 05 / 2007