Talvez o mais inovador, um gênio. Aquele pobre negro que apanhava quando moleque, americano (estadunidense para os mais nacionalistas), que sofria com as retaliações sociais que a sociedade branca americana impunha sobre negros. O cara cresceu com traumas que até hoje interferem em sua imagem e em sua personalidade.
Seria um ganho de valor inestimável se as pessoas, de fato, apreciassem a obra Michael não por sua personalidade ou pelos escândalos que o circundara e que o destruíra a imagem. Assim como poucos, Michael Jackson é um artista excepcional, excelente cantor e gênio, que até hoje no cenário POP não conseguira o feito de ser ultrapassado por algum jovem da nova guarda. A propósito, no quesito qualidade ele é incomparável. É nada mais nada menos que ouvível (o que esses novos que ficam em seu chinelo muitas vezes não o são para os bons ouvidos).
Na década de 1980, Michael Jackson caminhava sozinho. Porém, nos trouxe tudo aquilo que, apesar de fruto de sua fortuna, fora de seu mérito, de sua genialidade. Aquela coisa de dançar caminhando para trás, fazer coreografias sincronizadas, elaborar videoclipes mega produzidos, dentre outros que conhecemos bem, eram apenas méritos de suas idéias que, gente com mais dinheiro não o faz até nos dias de hoje. É fato, ele fez e ainda faz verdadeiras obras de arte da música. Basta apreciar UM de seus discos, do ultimo ao primeiro, e ver-se-á que o resto, que não Michael Jackson, é apenas farinha do mesmo saco.
Originalmente publicado em:
Em 21 de novembro de 2008.