Um dos melhores prestígios,
Um dos melhores almoços,
Uma das melhores festas!
Foi o melhor aniversário, com dos melhores encontros!
A melhor sabatina e a melhor das brigas,
Era de bela o discurso, no mesmo instante, sua graça!
A melhor das batatas, o melhor dos picados,
O melhor par de sapatos,
A melhor xícara de chá.
O melhor do café,
A melhor receita do melhor remédio,
O melhor bolo coberto
E o melhor dos presentes: sua presença!
A melhor saída, o melhor dos elogios,
A sinceridade era a melhor parte
No melhor do seu ar inocente...
Atenciosa, a que nos unia,
Era o melhor motivo p'ra dormir fora de casa
Alguns dias.
Ensinava sem querer que o melhor de tudo
Era a própria simplicidade, sua.
A melhor das histórias, o melhor dos discursos
A melhor das birras de galo
E o melhor do vestido coberto
Na sua postura senhora.
A melhor das avós, no melhor das tias
A melhor, segundo netos e sobrinhos.
A melhor rainha dos carnavais
Da massa ao esporte fino.
O melhor da saudade, a melhor lembrança,
A melhor conversa,
O melhor motivo,
Era ali que se dava a melhor gargalhada!
O melhor puxão de orelha, o melhor passado,
A melhor das vizinhas,
A companhia daquelas das titias.
O melhor pedido de fica.
O melhor dos meus 20, a melhor ansiedade,
O melhor cuidado, no melhor calor
A melhor ida à praia.
O melhor do sábado à tarde
'Tá no melhor do meu passado inesquecível.
O melhor jantar, na melhor despedida,
A melhor insistência
E o melhor cuidado.
A melhor dança, a melhor queixa,
A melhor mãe da melhor família
A melhor obra de lembrança e de vaidade.
A melhor saudade da que melhor acolheu...
É que vai fazer muita falta
Essa sua autenticidade.
Não há queixa, dúvida, confessa,
Já está no melhor de tudo
No melhor do meu lado,
Essa sua melhor parte.
('Maria Amaro', :) 1930 - 2010 +)
Nos moldes de como se fala, tentamos sempre de alguma forma ser dinâmicos. Tudo se modela aos olhos nus, conforme a liberdade; a verdade é integral, da criação à aberração. Somos um misto de tudo: de colunas, desabafos, programas, poesias, crônicas e conversas. Como toda poesia, parecemos experimentais, mas nos moldes carnais somos mais que aquilo que 'tá estampado aos olhos nus apaixonados.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
terça-feira, 22 de junho de 2010
Depois de crescidos 1.1
Acho que me enganei
Bem pouquinho, talvez por besteira,
Foi naquela mesa ou talvez antes
Por bem pouco e você ficou distante...
Foi um pedido de favor
Me enganei de novo e todo errado
Te pedia algo, mas você não ouvia...
Queria uma lima p'ra alisar tuas asas.
Tudo ficou estranho, cinza,
E eu feito menino cai no chão duro.
Suspenso pelo pé que não pisava
Pensava que o chão era macio,
Depois da queda, fiquei dolorido de dúvida...
Bem pouquinho, talvez por besteira,
Foi naquela mesa ou talvez antes
Por bem pouco e você ficou distante...
Foi um pedido de favor
Me enganei de novo e todo errado
Te pedia algo, mas você não ouvia...
Queria uma lima p'ra alisar tuas asas.
Tudo ficou estranho, cinza,
E eu feito menino cai no chão duro.
Suspenso pelo pé que não pisava
Pensava que o chão era macio,
Depois da queda, fiquei dolorido de dúvida...
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Depois de crescidos
Já não é estranha
Essa vontade doce,
Esse frio na barriga que esquenta as orelhas,
Esse chão macio sem meus pés nele.
A gente se parece, se brinca, se gosta
E esnoba a palavra que define nós...
É uma pequena saída que evoca
Essa vaidade de te ver.
É que a gente sabe disso
Em tão pouco tempo,
Temos um passado tão parecido
E um ciume de qualquer coisa
Tão distantes, calados, cada um sabe do outro.
É uma desconfiança gostosa, medrosa
Infantil, que nem parece vir de dois adultos.
É até um insulto dizer tudo tão depressa...
P'ra quê tanta pressa, se no fim já sabemos
Que história toma esse final feliz?
Essa vontade doce,
Esse frio na barriga que esquenta as orelhas,
Esse chão macio sem meus pés nele.
A gente se parece, se brinca, se gosta
E esnoba a palavra que define nós...
É uma pequena saída que evoca
Essa vaidade de te ver.
É que a gente sabe disso
Em tão pouco tempo,
Temos um passado tão parecido
E um ciume de qualquer coisa
Tão distantes, calados, cada um sabe do outro.
É uma desconfiança gostosa, medrosa
Infantil, que nem parece vir de dois adultos.
É até um insulto dizer tudo tão depressa...
P'ra quê tanta pressa, se no fim já sabemos
Que história toma esse final feliz?
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Minúcias femininas
É que você é bem diferente.
Eu me empolgo com outro desejo,
Acho que bem distante do teu...
Você até tenta e esnoba,
Mas acaba abrindo o jogo.
Tua beleza é exótica
E tampouco interessa os detalhes dos outros.
Os padrões afora dos traços marsupiais
São pequenos detalhes, que, bem observados,
Arrepiam...
Fala tão pouco querendo falar,
Descreve os desejos sensatos e íntimos
Da noite p'r'o dia, da areia p'r'o mar
E logo depois, joga a razão fora,
Se perde, se justifica
E indica uma luz bem distante
P'ra arrumar motivo
E virar um ser que ri e volta
E depois chora.
Eu me empolgo com outro desejo,
Acho que bem distante do teu...
Você até tenta e esnoba,
Mas acaba abrindo o jogo.
Tua beleza é exótica
E tampouco interessa os detalhes dos outros.
Os padrões afora dos traços marsupiais
São pequenos detalhes, que, bem observados,
Arrepiam...
Fala tão pouco querendo falar,
Descreve os desejos sensatos e íntimos
Da noite p'r'o dia, da areia p'r'o mar
E logo depois, joga a razão fora,
Se perde, se justifica
E indica uma luz bem distante
P'ra arrumar motivo
E virar um ser que ri e volta
E depois chora.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Seu silêncio
Bacana é o vinho da beata
E tem quem queira encher a cara
Com o seu sangue tinto...
Engana de tão vermelho.
Na saida a exploram
E dizem que o preço que se paga pela vida,
É um gole suave,
Acho que voluntário, mas forçado,
Quase como seus litros de saliva
E descanso de pernas...
Ela não quer, arremate,
Mas não a faça esquecer, amante,
De que o verdadeiro prazer não se sente
Da carne pela carne,
Mas do encontro pervertido entre almas
Ambulantes.
Ela não paga quando quer
Ter o mesmo que um outro alguém procura
E se cansa em tanto tê-lo
No instante em que se incomoda
Com muito
E quem abusa, com tão pouco...
E tem quem queira encher a cara
Com o seu sangue tinto...
Engana de tão vermelho.
Na saida a exploram
E dizem que o preço que se paga pela vida,
É um gole suave,
Acho que voluntário, mas forçado,
Quase como seus litros de saliva
E descanso de pernas...
Ela não quer, arremate,
Mas não a faça esquecer, amante,
De que o verdadeiro prazer não se sente
Da carne pela carne,
Mas do encontro pervertido entre almas
Ambulantes.
Ela não paga quando quer
Ter o mesmo que um outro alguém procura
E se cansa em tanto tê-lo
No instante em que se incomoda
Com muito
E quem abusa, com tão pouco...
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Ele e ela 1.1
(Proposta de continuação de "Ele e ela", Rodrigo Sena, 2005)
É interessante o que ela faz,
Ela esnoba enquanto ele se distrai
Nessa relação perdida!
Ela fala dos amores mal vividos e dos dias esquecidos,
Dos momentos, são, rompidos, que só ele
Não desfaz...
Ele sai por à procura de alguém,
Se distrai com alfazema doce e barata
Como em pouca vida ele viu e sentiu.
Não distorce a própria sorte, nem esnoba
Seu herói,
Enquanto ela julga o mal que ele não fez.
Faz um recorte da história...
De pouca obra
A ela não adianta dizer que ele sente
E também chora.
É interessante o que ela faz,
Ela esnoba enquanto ele se distrai
Nessa relação perdida!
Ela fala dos amores mal vividos e dos dias esquecidos,
Dos momentos, são, rompidos, que só ele
Não desfaz...
Ele sai por à procura de alguém,
Se distrai com alfazema doce e barata
Como em pouca vida ele viu e sentiu.
Não distorce a própria sorte, nem esnoba
Seu herói,
Enquanto ela julga o mal que ele não fez.
Faz um recorte da história...
De pouca obra
A ela não adianta dizer que ele sente
E também chora.
terça-feira, 15 de junho de 2010
Ansiedade adolescente
O que tenho em mim é ansiedade
Na mente, na alma, na vida desses dias.
Sinto uma vontade de te escrever algo, qualquer coisa
Num monte de folhas de caderno...
É a coisa dos tempos de escola!
Aquele amor juvenil, aprendiz,
Meio vagabundo, que sabe muito pouco
Do que quer da vida...
É sério, vai bem além da coincidência...
É arte moderna, dos livros de História
De adolescência quente que aflige a barriga fria.
É que não esperava, mas calado sigo sorridente!
Na mente, na alma, na vida desses dias.
Sinto uma vontade de te escrever algo, qualquer coisa
Num monte de folhas de caderno...
É a coisa dos tempos de escola!
Aquele amor juvenil, aprendiz,
Meio vagabundo, que sabe muito pouco
Do que quer da vida...
É sério, vai bem além da coincidência...
É arte moderna, dos livros de História
De adolescência quente que aflige a barriga fria.
É que não esperava, mas calado sigo sorridente!
Sentido contrário
Enquanto o mundo esfria
Recebo um monte de mensagens,
Leio tuas postagens, aquelas tentativas de julgar tudo o que falo,
'Me fazendo' à vontade
Todo tipo insinuado de 'falado' ou coisa incerta.
É como se fosse minha a tua vontade,
Na forma em que me rebate esse desejo;
Talvez uma enfermidade
Que diz ser minha, mas que é tua...
É mais tua do que o teu desejo de minha.
Acho que uma paz serve, na paz,
Um pouco menos de tortura e de sangue,
Um pouco menos de chicote e de tapa
Que também sirva de coragem
P'ra entender um pouco mais essa verdade que acredita.
Recebo um monte de mensagens,
Leio tuas postagens, aquelas tentativas de julgar tudo o que falo,
'Me fazendo' à vontade
Todo tipo insinuado de 'falado' ou coisa incerta.
É como se fosse minha a tua vontade,
Na forma em que me rebate esse desejo;
Talvez uma enfermidade
Que diz ser minha, mas que é tua...
É mais tua do que o teu desejo de minha.
Acho que uma paz serve, na paz,
Um pouco menos de tortura e de sangue,
Um pouco menos de chicote e de tapa
Que também sirva de coragem
P'ra entender um pouco mais essa verdade que acredita.
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