terça-feira, 26 de abril de 2011

Quando tudo não passava de carência

Parece um sinistro, amor interrompido,
Um beco sem fim, como se houvesse alguma saída...
Como se tudo desse errado
E eu não devesse estar aqui.

Parece armadilha, uma brincadeira
Infantil. Um misto de carências e sonhos
Daqueles ruins. Sarcasmos estranhos que dizem
Que o mundo é mais mundo
P'ra ti, quando alguém te dá tudo
O que tinhas, antes de tudo
Até aqui.

Mudanças que vêm depressa,
Como milagres que acontecem,
Deixam em vazio um algo em teus braços...

Palavras, gestos, em teu seio, receio,
Teu cheiro e tuas mensagens,
Tua voz ao telefone
Entregam a necessidade de passatempo
Do tempo que não se tinha.
Uma folha de Comigo Ninguém pode
Dura e viva. E eu nunca deveria
Ter visto tua pele nua mais que uma vez
Além daqui.

Duas vidas se cruzam e se afastam
Como o enredo convencional
Das coisas reais
Do mundo real, que acontece,
E ninguém acredita.

Mas, a gente aceita
Como se aceita qualquer fim.

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