terça-feira, 6 de novembro de 2012

A maquiagem

Experimentei... Provei do teu ar fino, perdi a lucidez.
Quieto, bem na minha, observei teus olhos bem atentos
Cada gesto de frente p'r'o espelho.
Hoje, ele mostra que aprendeu contigo
Sobre o verdadeiro ar da pura beleza que se corteja.

Hoje, eu não lembro bem de ti.

Cada vez mais em cada minuto que se via,
Enquanto se penteava, se embelezava, eu te olhava de longe, distante, ali na minha
Sempre tentado a estar cada vez mais perto...
E o desejo cada vez mais distante.

Desejei a todo instante,
Insaciado...

Em: 05/06 de novembro de 2012.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Prosa perdida

Te espero como em cada hora,
Em cada mentira que finge ser verdade
Tal qual as aventuras que parecem vaidade.
Enxergo a paz como quem idealiza um sonho
De criança que chora o doce roubado
Sem maldade.
Longe do susto
Sacio com os teus olhos,
O teu insulto em cada resposta, ainda que breve,
Talvez carente, acho que infindo... Infinito
Sinto que é verdadeiro!
É como se tudo fosse dono do seu próprio tempo
Dando adeus e bom dia
Perdido dias mais a frente...
Quando o imaginário se faz presente e
Mescla o ceu negro cheio de estrelas
Com o azul claro e quente, raia e desperta
A vontade de ser de qualquer individuo
No infinito de si mesmo.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Por Trás do Vestido

'Te desejo' despida
Atraida por qualquer fetiche.
Uma loucura insana, proibida,
Queimada a fio,
Assim como a personalidade que se entrega
Esquecida pela consciência do íntimo,
Da pouca vergonha
Na cama, no chão, em pé
De frente para o espelho.

Do prazer que escorre pelas coxas,
Da cintura que, dela, me faço teu dono,
Das carícias nada carinhosas,
Mas interesseiras, daquelas
Que quando se saciam
Saem pela porta e
Sem piedade, deixa como cortesia
As costas vestidas,
Nada além disto desejo
Da tua complacência despida.