segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Nada de poesias

Dentre todas as vontades, a minha é a mais esdrúxula:
Aventuras, um pouco de bravura,
A coisa da plenitude no ser, rasgada à faca,
E a sensatez de se estar maduro e intacto
Às tentações duras.

Já até pensei em pacto,
Cogitei o improvavel... Vivi a espera de uma chuva de fatos.
Sobrevivi à perdas, mágoas,
Um pouco de bondade que faz mal e que maltrata...
A dureza, o silêncio, nada de poesias ou magias
É remédio para curar pessoas de pessoas,
Dos nossos filhos ao vizinho de quarto de motel.

A espera, há de se ter pena de quem vive dela,
Para ela, por dela, na direção contrária
À medida que tem que ser. Não daquela que dá choque,
Todavia, da ranzinza suicida, a qual insiste em estar com o nariz
Não onde não é chamado, mas, naquilo que
É Tentado.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Tudo não passa de saudade

O mundo é mítico, metódico...
O sentimento, uma ilusão abstrata do concreto
O qual se está bem a frente.
Mas, suas fixações espalham-se ao vento
Dentro de seus métodos mais perspicazes
De fraqueza, dureza e afinidade.
O mundo é frágil por que é completo de pessoas
Que, frágeis, flácidas e com suas saudades,
Dizem que não voltam, se vão e voltam atrás...

Não é complicado falar de sentimento
Ou senti-lo nas suas formas flácidas!
Os momentos são as intersecções que existem
Entre as pessoas e o que elas sentem por entre elas mesmas.
Na verdade, tudo não passa de saudade,
Vontade de senti-la no seu metódico fino
Gesto de gentileza e de bondade com a própria carne
Que, com desejo, sai para devorar a fragilidade alheia.

Devora e volta atras.

Em: 01 de janeiro de 2013, às 04h48.