terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Eu só!

Estar só é como estender a mão a si,
Abrir-se consigo, à luz do horizonte
Em meio à poeira da rua, calçada vazia
E ocupada por gente desocupada.

É compreender a si mesmo e sentir-se bem
Pelo simples fato de estar só;
Ter ninguém, do lado, do outro
Não reclamar, fazer muganga, não ser reparado!
Só estar está para aquele
De bem com a companhia de si!

Deixar toalha na cama, molhada,
Usar ar condicionado, ventilador,
Chuveiro elétrico ou banho frio
Enquanto a manhã suspira o seu despertar,
Deixar-se só é viver em guerra com o que pensa
O bom vivã da vida a dois.

Estar só é escolher companhia,
Ouvir desejos, desejar só e despertar quando bem ou mal
Entender. Levantar não tem hora. Ter a si
É entender a ausência de dividir com qualidade
Os próprios desejos.

É compreender que a solidão é necessária.

É compartilhar a experiência do pequeno
Sendo grande por dentro
Dentro de um apartamento pequeno.
É viver grande a liberdade
Dentro de um carro pequeno
Ou imaginar grande dentro de um banheiro
Pequeno!

A solidão não é antiquada.

Só estar também é estar de bem
Com a pequena flora que habita
O próprio habitat
E com o grande mundo que permeia a vista
Enquanto o mundo diminui de tamanho
Para quem, indiferente do bem ou do mal,
Prefere, vida qualquer, companhia,

Estar só é decidir por si até sentir-se bem
Com o dividir da companhia!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Felicidade (Feliz Cidade)

Não importa onde, lugar
Com que, ninguém,
Felicidade é estar nada aquém
Nem além do que se viu
Do que se vê.