quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

À luz de vela

Tem um pedaço de tudo pra falar de tudo um pouco.
Tema de pouca envergadura,
O imoral da palavra bela,
A beleza da impureza de falar o que não presta
A quem se doa ao luxo de assistir reis
Pregando besteira com cara dondoca
Enquanto o mundo ri de sua beleza
Que não tem nada de coisa bela,
Sabe tudo sobre o nada
Iluminismo iluminado à luz de vela...

Um mundo de cacos, telha, quebrado no chão
De cara lavada, alma lavanda
A salvo da gentalha gravame,
Gente que se põe a posse
À venda, vergonha na cara, quase nada
Que nada teria gravada à face o que diz
Verdade, desgraça vendida na praça,
Diz mentira a tom verdade
Vendida inverda verde de graça.