domingo, 24 de julho de 2016

Outra vez (a culpa minha)

Outra vez, nos mesmos detalhes
Com o mesmo requinte de tortura
Essa cadeia que dura, tem um tempo...

A mesma falta de carinho, de cuidado
O desejo exagerado de si,
O jeito próprio de fazer tudo do próprio jeito
À própria forma...

O modo como surpresas são moderadas,
Como as substâncias se alteram,
Isto não me agrada
E com as pupilas dilatadas, caí
Cego outra vez ao risco da vez
Que maltrata

Não falo da maldade de quem comigo
Nem do amigo que finge ser inimigo...

Falo da rispidez minha de cada dia
De permitir que várias formas de crueldade
Digam sim ao que deveria negar
No seu tempo de amordaça.

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