sábado, 7 de outubro de 2017

Matéria

A gente se vira, acostuma,
Dorme, experimenta, oscila
O ócio que cria, dia sim
O apreço à sorte
E dia não, dorme.

Não esperava que fosse assim
O tempo indo embora
E levando consigo todo tipo de vontade,
Uma prova de delírios,
Desejo de viver a sorte
De não ter que depender da sorte...

É como se a morte batesse a porta mais cedo
Mas não matasse a matéria.
Como se vontade e desejo
Transformasse desespero, morbidez,
Na própria matéria prima de si

Ou matéria viva fosse instrumento de nada
E o nada não servisse de espaço
Para algo que fosse...