sábado, 10 de março de 2018

Francisco

Frágil, a vida que se encontra
Sem saber se é quase fim
Ou se o fim tem um pouco mais
De tempo...

A descrença na vida
Eterna, até que a pele não doa
Não sinta, a carne
No cristão que se ascendeu, tem um tempo
Enquanto pôde...

A que assiste ao forte
Que derrete feito gelo, esparge
Como areia em meio ao tempo
Sem deserto
Impiedoso aos olhares mais de pena
Que piedade...

A cada passo que se dá,
Que se toma,
A idade, esperança
Até que entenda o que se passa
Que se lê na mente sábia
Muita idade, histórias
E justiças mal contadas...

A saber se se trata de ansiedade
Medo, receio, saudade
Se há vontade de rever gente linda do passado
Ou tristeza
Na certeza dessa gente
(De agora, carne e pele)
Querida, bem-vinda, que tolera
Conversa, ri, espera (...)

Não estará assim tão perto como
De costume
Ou se essa gente sentirá
O vazio no espaço
Deixado no findar da sua partida...