terça-feira, 14 de julho de 2020

Do pouco que se sabe

Esse misto de vontade e culpa,
Fuga, desejo,
Não cheira, dá sede, saliva,
Como se pele e pelo fossem aroma
Açúcar.
Por vezes, língua e nariz te pedem

Cada ponta, pedaço de pele
Cheiro, vício, queratina
Como o viciado, a cocaína, o obeso,
A comida
Por hora, o corpo age como se fosse
De ninguém 

Cada pedaço da face que é tua, teus glúteos,
Basta que te veja, essa cintura 
Esse desenho todo que custa aos olhos
Crer enquanto passeia sobre si
Com a própria retina
E aprecia...

Que seja teu o cheiro,
Pelos, hormônios,
Ou pelo menos do que sabe
Enquanto o agora, o que vir,
O que não se perca de vista,
Dure o tempo que for, que baste
E que se perca da minha vista.

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